Pastoral Carcerária de Florianópolis realiza Natal dos presos

Pastoral Carcerária de Florianópolis realiza Natal dos presos

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A Pastoral Carcerária de Florianópolis realiza nos dias 15 e 16, o “Natal dos Presos”. Serão mais de 3.500 kits natalinos com guloseimas e uma mensagem natalina que serão levados para os mais de quatro mil encarcerados que estão nos presídios.

Durante os dois dias serão distribuídos os kits natalinos para a Penitenciária e Presídios masculino e feminino, Hospital de Custódia e Casa do Albergado, todos em Florianópolis, também na Colônia Penal Agrícola de Palhoça e Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

Os voluntários farão a entrega das guloseimas, acompanhados por uma banda que entoará canções natalinas. “O objetivo é mostrar aos presos que aqui fora há pessoas que pensam neles. Também mandar uma mensagem de amor, carinho e esperança”, disse Leila Pivatto, tesoureira da Associação Beneficente São Dimas (ASBEDIM), mantenedora das obras sociais da Pastoral Carcerária.

Projeto

O projeto já existe há alguns anos, mas antes era restrito ao presídio e penitenciária de Florianópolis. Nos últimos anos foram incluídos todos os presos das penitenciárias e presídios da Grande-Florianópolis. Todos os encarcerados, independente de onde estejam, cerca de 4 mil, receberão as guloseimas.

Os recursos para a aquisição dos kits vieram dos bazares realizados pela Pastoral Carcerária. Durante o ano, são realizados bazares de calçados, roupas e bolsas doados pela Fundação Nova Vida. Além dos kits de Natal, durante todo o ano a Pastoral Carcerária realiza doações de kits de higiene, roupas de verão e inverno, cobertores, passagens, remédios, óculos e também disponibiliza uma dentista que atende gratuitamente no consultório construído pela Pastoral no Presídio Masculino. Há ainda os serviços de uma assistente social, advogada, psicóloga e um professor de música. Além disso, há o serviço de assistência aos familiares dos detentos.

Jovens são maioria

Segundo dados do Sistema Integrado de Informação Penitenciária (InfoPen), divulgados em junho desse ano, os jovens representam 54,8% da população carcerária brasileira. Em relação aos dados sobre cor/raça verifica-se que, em todo o período analisado (2005 a 2012), existiram mais negros presos no Brasil do que brancos.

Em números absolutos: em 2005 havia 92.052 negros presos e 62.569 brancos, ou seja, considerando-se a parcela da população carcerária para a qual havia informação sobre cor disponível, 58,4% era negra. Já em 2012 havia 292.242 negros presos e 175.536 brancos, ou seja, 60,8% da população prisional era negra. Constata-se, assim, que quanto mais cresce a população prisional no país, mais cresce o número de negros encarcerados.

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