Papa Francisco: o matrimônio é entre um homem e uma mulher

Papa Francisco: o matrimônio é entre um homem e uma mulher

Foto: Grupo ACI

Falando sobre a importância da família na Igreja e no mundo, que foi o tema do recente Consistório de cardeais e será o tema do sínodo dos bispos em outubro, no Vaticano, Papa Francisco afirmou que “o matrimônio é entre um homem e uma mulher”.

Na entrevista publicada ontem pelos jornais La Nación da Argentina e Corriere della Sera, da Itália, o Pontífice responde a uma pergunta em relação à união civil que foi aprovada em alguns países.

A respeito deste tema, o Santo Padre assinala que “os Estados laicos querem justificar as uniões civis para regular diversas situações de convivência, impulsionados pela exigência de regular aspectos econômicos entre as pessoas, como por exemplo assegurar a assistência de saúde. É preciso ver os diversos casos e avaliá-los na sua variedade”.

Sobre a reflexão atual na Igreja sobre a família, o Papa afirmou ainda que é um longo caminho que a Igreja deve percorrer. “Um processo desejado pelo Senhor. Três meses depois da minha eleição, foram submetidos a mim os temas para o Sínodo e nos propusemos a discutir sobre qual era a contribuição de Jesus ao homem contemporâneo. Mas, no fim, com passagens graduais – que para mim foram sinais da vontade de Deus – escolheu-se discutir a família que atravessa uma crise muito séria”, ressaltou.

“É difícil formar uma família. Os jovens se casam pouco. Há muitas famílias separadas, nas quais o projeto de vida comum fracassou. Os filhos sofrem muito. Devemos dar uma resposta. Mas, para isso, é preciso refletir muito profundamente. É o que o Consistório e o Sínodo estão fazendo. É preciso evitar ficar na superfície do tema”.

O Santo Padre alertou que “a tentação de resolver todos os problemas com a casuística é um erro, uma simplificação de coisas profundas, como faziam os fariseus, uma teologia muito superficial. É à luz da reflexão profunda que poderão ser enfrentadas seriamente as situações particulares, mesmo a dos divorciados, com profundidade pastoral”.

Sobre o discurso do Cardeal Kasper, que foi pronunciado no consistório dos cardeais em fevereiro e que se usou em diversos meios para dizer que o Papa aprova a comunhão para os divorciados quando não se tomou nenhuma decisão a respeito, o Pontífice afirmou que este Cardeal “fez uma belíssima e profunda apresentação, que em breve será publicada em alemão, e abordou cinco pontos; o quinto era o dos segundos matrimônios. Eu me preocuparia se, no Consistório, não houvesse uma discussão intensa, não serviria para nada”.

“Os cardeais sabiam que podiam dizer o que queriam e apresentaram muitos pontos de vista diferentes, que enriquecem. Os debates fraternos e abertos fazem crescer o pensamento teológico e pastoral. Disso, eu não tenho medo, ao contrário, o busco”, adicionou.

Fonte: ACI Digital

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Email