Multidão participa de missa com símbolos da JMJ em Pedro Juan Caballero (Paraguai)

Multidão participa de missa com símbolos da JMJ em Pedro Juan Caballero (Paraguai)

A missa durou mais de duas horas. Depois da celebração, a multidão de fieis queria tocar na cruz para poder rezar um pouco. A organização do evento teve que suspender a Cruz da JMJ para agilizar o momento de oração e não atrasar muito a peregrinação. A multidão conseguiu participar por um incentivo do governo local. O prefeito decretou feriado na cidade para que o povo pudesse acompanhar o passo-a-passo da Cruz da JMJ e do Ícone de Maria.

pedro_juan2Penitenciária
Uma multidão em carros e motos seguiu os símbolos até a penitenciária regional de Pedro Juan Caballero. Um pequeno grupo entrou para rezar com os internos e os símbolos. Opraciano Ayale, condenado a 15 anos por homicídio, já está há cinco anos na cadeia. Ele ficou feliz com a visita e reclamou que, normalmente, católicos não aparecem na prisão para ficar com os internos, só evangélicos.

Na penitenciária mista com quase 600 presos, o português é uma língua muito falada. Muitos brasileiros estão presos em Pedro Juan Caballero, a maioria por tráfico de drogas. Sílvio Borba, 29 anos, é um deles. Está preso há cinco meses por tráfico de drogas. Edson Figueiredo é de Ponta Porã e disse que se tornou católico praticante depois de preso por homicídio. “Todos os dias sinto a presença de Deus e peço que a Igreja possa cuidar da minha família”, disse.

PJ do Brasil
Pela manhã, os símbolos foram ao povoado no povoado rural de Cruz y Liberación na diocese de San Pedro, na região norte do Paraguai. Para o pároco local, Cristino Ramos, o trabalho das pastorais da juventude no Brasil, em especial da Pastoral da Juventude Rural (PJR) foi essencial em seu trabalho de assessoria. “Nossa realidade é rural e traduzimos todos os materiais que recebemos da PJR”, afirmou. Ele foi assessor da Pastoral Juvenil no Cone Sul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) de 2006 a 2010.

A missa começou antes do sol nascer à luz de velas por causa da falta de eletricidade. O nome de Cruz y Liberación nasceu graças às manifestações para reforma agrária da região. Foi na diocese de San Pedro onde aconteceu o conflito entre camponeses e a polícia paraguaia com 23 mortes. O episódio foi o principal motivo usado pelo Congresso do país pedir o afastamento do ex-presidente Fernando Lugo.
Além de Pedro Juan Caballero, os símbolos passaram em Yvy Ya’u, cidade que quer dizer terra fértil, que também faz parte da diocese de Concepción y Amambay. Centenas de jovens da diocese receberam com alegria os símbolos.

No fim da noite, a Cruz da JMJ e o Ícone de Maria foram para sua viagem mais longa dentro do Paraguai: a região do Chaco, esquecida por políticas públicas e onde vivem grande parte dos indígenas do país.

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