Juventude gaúcha prepara segunda edição do Bote Fé no Rio Grande do Sul

Juventude gaúcha prepara segunda edição do Bote Fé no Rio Grande do Sul

Reunião de preparação com os organizadores do evento.

Reunião de preparação com os organizadores do evento.

A juventude gaúcha está se preparando para participar de mais uma edição do “Bote Fé”. Nesse ano, o evento acontecerá nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, no Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre (RS). Estão sendo esperados jovens vindos de cidades de todo o Estado e das 18 (arqui)dioceses gaúchas. Momentos de troca de experiências, alegria, oração e espírito de missão são esperados para esse grande encontro, que irá reunir milhares de jovens com o mesmo ideal.

As atividades iniciam no dia 31 de outubro, com o Hollywins na PUCRS, que terá missa, show e apresentação de teatro. Está programado um momento para troca de experiências e de convívio com diferentes realidades e famílias. Os jovens peregrinos serão recebidos por famílias da Arquidiocese de Porto Alegre, no pernoite de sábado para domingo, num espírito de hospitalidade e acolhida. No dia 1º de novembro, acontece o grande Show Bote Fé, no Anfiteatro Pôr do Sol.

O evento tem como inspiração as palavras do Papa Francisco que reforça, constantemente, o chamado de todos à missão: “Ide, sem medo, para servir”. E ainda acrescenta: “Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!”. Com essa mensagem do Santo Padre, são esperados milhares de jovens para que, após este encontro sejam enviados a levar Cristo a todos e para todos os cantos do estado do Rio Grande do Sul.

Preparação para o grande momento do Bote Fé

Para que esse grande evento ocorra, os jovens das diversas (arqui)dioceses vivem uma intensa preparação. Em momentos de partilha, avaliação, formação e planejamento, os jovens mostram a sua disposição e entusiasmo no trabalho e entrega ao próximo. Diversos momentos de reflexão foram preparados para que assim, a juventude possa também assumir maiores compromissos na comunidade na qual estamos inseridos.

Para cumprir toda a agenda programada desde o início do ano, foi necessária muito preparação. Dessa forma, foi proposto um novo ciclo de formação de multiplicadores, alinhado com a formação de novas lideranças., o que contou com o apoio do Curso de Dinâmicas para Líderes (CDL). Jovens se reuniram em grupos para refletir e discutir assuntos de extrema importância, tanto para a Igreja quanto para a sua própria vida. Com o propósito de repassar esse conhecimento e de formar novos líderes nas comunidades, pessoas dispostas a trabalhar e auxiliar nos projetos da Igreja, o curso superou as expectativas, de acordo com a coordenadora do Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul da CNBB, irmã Zenilde Fontes. O CDL ocorreu em diferentes cidades do Estado e contou com a presença de jovens de todas as dioceses.

Semana Missionária

De 20 a 26 de julho, estiveram reunidos em Porto Alegre quase 50 jovens de diferentes dioceses do estado para a Semana Missionária. Com uma proposta de evangelização em missão, a Semana proporcionou um olhar diferente a várias realidades distintas. Durante essa Semana, a juventude gaúcha esteve reunida para conhecer realidades até então desconhecidas e desprezadas pela sociedade. Nos primeiros dias, os missionários reviveram a sua fé em reflexões sobre a Palavra de Deus e as realidades com as quais se encontrariam nos dias seguintes. Depois de conhecer os colegas de missão, também foi possível compreender o princípio do evento que os reunia por um objetivo em comum.

Durante a Semana Missionária, os jovens estiveram em contato com realidades de pessoas que vivem com Aids, moradores de rua, papeleiros, população carcerária e comunidades à margem da sociedade. Em cada dia de missão, o retorno dos missionários era marcado por partilhas ricas em vontade de mudança, em depoimentos de arrependimento e de esperança, em palavras de conforto, em dizeres e sorrisos no rosto de pessoas que, mesmo sofrendo de uma doença sem cura, levavam a vida com garra e muita fé. Muitos testemunhos foram dados demonstrando, às vezes com lágrimas, a vontade de querer ajudar o próximo e de poder estar com pessoas que precisam de uma palavra de afeto e de carinho.

Momento de formação: Curso de Dinâmicas para Líderes

Para auxiliar ainda mais nesse momento de formação, ocorreu a segunda fase do CDL e, dessa vez, os jovens se reuniram em Porto Alegre, de 7 a 9 de agosto. Assim, articuladores e comunicadores foram convidados a refletir sobre o que os levou a escolher realizar o trabalho com a juventude em suas dioceses e comunidades. O curso teve objetivo de criar identidade, entusiasmo e mística que assim, motivam a entrega por uma causa maior.

E para atingir esse objetivo, foram estudados temas necessários para que as lideranças juvenis evangelizem outros jovens: espiritualidade que liga a fé e a vida, a centralidade da Palavra de Deus, o despertar de uma consciência crítica e a definição de uma projeto de vida.

Relato de caminhada

De acordo com Irmã Zenilde, todo o processo de caminhada em preparação à primeira edição do Bote Fé foi realizado em conjunto com as 18 dioceses do estado. “Desde a vinda da cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude e do ícone de Nossa Senhora, somos convidados a levar esses sinais para os lugares de dores e sofrimentos humanos”, conta Irmã Zenilde.

A partir desse momento, diversas experiências foram realizadas no Rio Grande do Sul a partir de lugares de dores e sofrimentos, o que teve continuidade com a Semana Missionária, quando foram acolhidos os peregrinos que vieram para a JMJ no Rio de Janeiro. “Ali também, nós tínhamos um convite de ir para essas realidades de maior vulnerabilidade social e fazer essa experiência de irmos ao encontro”, relembra irmã Zenilde Fontes.

A irmã ressalta ainda que, na Missa de envio da JMJ, o Papa Francisco motivou os gaúchos, de forma especial, a viverem novamente essa experiência de missão. “A partir daí, começamos a trabalhar na dimensão do serviço, do diálogo, do anúncio e do testemunho de comunhão eclesial”, relata ao mencionar a experiência de missão realizada no início de 2014 e as propostas para 2015. Nesse sentido, pensou-se na realização da Semana Missionária Gaúcha que, novamente, irá envolver as 18 dioceses do Rio Grande do Sul.

Expectativas para o evento

Ainda segundo irmã Zenilde, esta nova edição do Bote Fé será uma grande oportunidade para as bandas mostrarem o seu talento e cultura da música relacionada com a religiosidade dos jovens. “É promover toda essa força juvenil, essa força musical, com que tanto a juventude se identifica e que toca o coração através da oportunidade das bandas subirem ao palco, tocarem ou conhecermos outras bandas e aprofundarmos toda essa nossa cultura musical e religiosa que nós temos. Talvez sejam talentos que nós temos escondidos aí e que a gente não consegue dar visibilidade”, acrescenta.

Segundo o comunicador da Diocese de Cruz Alta e do Eai?Tchê, João Francisco Bóllico, a caminhada de fé e evangelização “é intensa e de uma significação ímpar na vida dos jovens, pois apresenta um mundo onde o adolescente é convidado a viver a juventude como ela é, mas sem deixar de ser cristão ativo e participante na comunidade católica em que compreende a sua participação”.  João Francisco enfatiza também que agora todo esse trabalho intenso e forte na vida de inúmeros jovens será celebrado no dia 1° de novembro no Anfiteatro Pôr do Sol, em Porto Alegre, com um show cultural no qual bandas regionais, estaduais e nacionais irão animar a festa que comemora o encerramento de êxito dos trabalhos de assessoria, comunicação e articulação da evangelização jovem católica gaúcha e celebra o início dos trabalhos rumo ao jubileu dos 300 anos de Nossa Senhora Aparecida.

Irmã Zenilde comenta que se espera muita diversidade para esse grande evento: “Esperamos ainda celebrar nesse Bote Fé a diversidade de expressões de rostos e de pluralidade e expressões juvenis que nós temos no nosso estado. Aqui nós queremos viver, celebrar, confraternizar, com essas diferenças, com essa riqueza carismática que nós temos da Igreja e do rosto jovem da Igreja do Rio Grande do Sul”.

Da redação, com colaboração de Cleusa Jung (voluntária Regional Sul 3 da CNBB)

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