Jovens fazem Virada Radical em SP

Jovens fazem Virada Radical em SP

 

A ideia de desenvolver uma atividade católica durante a Virada cultural, que movimenta milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade, surgiu no ano passado. Nessa ocasião, missionários da Aliança de Misericórdia saíram pelos diversos palcos do evento para transmitindo uma mensagem sobre o amor de Deus.

A partir dessa primeira experiência, os padres fundadores da comunidade, Antonello Cadeddu e João Henrique Porcu, decidiram tentar um palco para atrações culturais católicas dentro da programação oficial da virada, o que não foi possível. Mesmo assim, eles não desistiram e conseguiram um palco para promoverem um evento em frente à igreja.

A missionária Solange Rodrigues da Cruz, uma das organizadoras do evento, contou que logo que começaram a entrar em contato com os músicos para fazerem o convite muitos manifestaram que tinham esse desejo de participar da virada levando a cultura católica. “O nosso desejo é de mostrar que como católicos, como pessoas que buscam a Deus, nós também apreciamos a cultura e a arte”, disse.

Durante as 24 horas se apresentaram atrações como Mariani, Cantores de Deus, Banda Aliança de Misericórdia, Via 33, Banda Beatrix, Bruno Camurati, Diego Fernandes, Nando Mendes, Expresso HG, entre outros. Além de apresentações musicais, houve também danças e apresentações teatrais. Na noite do sábado também aconteceu uma missa dentro da igreja, seguida de uma adoração e procissão com o Santíssimo sacramento pela rua do evento.

O cantor e apresentador de televisão Diego Fernandes era um dos músicos que desejavam participar da virada. “Se é uma virada cultural o cristianismo também é uma cultura. Nesse evento, além de darmos uma virada radical na nossa vida, podemos semear a ‘cultura de Pentecostes’, que o papa João Paulo II tanto nos inspirou”, destacou o jovem que também relatou que foi por causa de um show católico que ele se aproximou de Deus e teve uma “virada radical” em sua vida.

Para o cantor e compositor do Rio de Janeiro Bruno Camurati a iniciativa foi incrível. “A cultura católica e religiosa tem que estar representada em eventos como este e tem muito para crescer e, de repente, no futuro, ocupar um palco maior dentro da programação da Virada Cultural”, disse.

Para o próximo ano, a Aliança de Misericórdia  tentará novamente inserir um palco católico dentro da programação da Virada Cultural. Segundo a organização da Virada Cultural é que não são permitidas ter expressões publicas de fé, porém, aconteceram manifestações referentes a religiões de matriz africana, por exemplo, sob o argumento de serem expressões da diversidade cultural. “É preciso que na sociedade atual haja um reconhecimento do verdadeiro papel cultural e religioso da Igreja”, expressa a o manifesto publicado no site oficial da Aliança de Misericórdia, que ainda destacou que enquanto era possível ver diante das inúmeras atrações da Virada Cultural jovens brigando o consumindo drogas e bebidas alcoólicas, na Virada Radical via-se jovens dançando e cantando sadiamente durante 24 horas ininterruptas de atrações culturais.

 

Por Fernando Geronazzo

Foto: Rejane Souza

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