Indígenas brasileiros na JMJ Panamá 2019

Indígenas brasileiros na JMJ Panamá 2019

“A Igreja deveria reforçar, como o Papa Francisco já vem fazendo isso, o protagonismo dos povos indígenas”, é o depoimento de um jovem indígena brasileiro do povo Tukano. Os jovens inspiram-se nas palavras do Pontífice: “seguir em frente valorizando as memórias do passado, com coragem no presente e esperança para o futuro.”

Doralice do povo Macuxi e Sidiclei do povo tukano.

A Jornada Mundial da Juventude Indígena, reúne mais de mil jovens indígenas provenientes de vários países, que juntos com os jovens locais compartilham a mesma fé católica na diversidade de suas culturas ancestrais, suas expectativas e suas lutas.

Este evento é uma das novidades nesta Jornada Mundial da Juventude, iniciou na quinta-feira, 17, e se estende até o dia 21, período em que as Dioceses panamenhas estão acolhendo os jovens peregrinos de várias partes do mundo que chegam ao país para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Depoimentos dos jovens indígenas brasileiros
São jovens de diferentes povos e regiões, que esperam que o encontro seja uma “grande oportunidade para a gente poder fazer uma troca de experiências”, segundo Ionara, uma jovem de 18 anos do povo guarani kaiowa de Mato Grosso do Sul. Para a jovem, a JMJ “é uma oportunidade única para a gente poder falar como é a visão dos povos indígenas jovens. Também para poder conhecer os outros povos indígenas e os jovens, porque hoje em dia os jovens são pouco valorizados”.

Doralice do povo Macuxi, conta que participa pela primeira vez da JMJ, e está feliz de poder trazer até o Panamá “os anseios do povo do nosso país e a nossa realidade e compartilhar com outros povos indígenas as nossa realidade brasileira”.

Sidiclei, é um jovem do povo tukano, seminarista da diocese de São Gabriel da Cachoeira, no estado de Amazonas, que em 2019 vai ser ordenado diácono e sacerdote. No meio aos clamores dos povos indígenas, ele destaca “o direito à vida, os povos indígenas desde 500 anos atrás, desde a colonização, continuam sendo mortos ainda, parece que o ser humano não cresce, não evolui para a humanização.”

“A Igreja deveria reforçar, como o Papa Francisco já vem fazendo isso, o protagonismo dos povos indígenas, eles mesmos sendo protagonistas das comunidades indígenas”, insiste o seminarista. Na diocese de São Gabriel está começando se formar o clero autóctone, que pode ajudar “para os próprios povos indígenas conseguirem caminhar eles mesmos, lutar pela valorização de suas tradições culturais, de seus valores éticos, e pela ecologia integral, para a sobrevivência do próprio ser humano”.

Fonte: vaticannews.va

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