Estamos preparados para dar adeus a Bento XVI

Estamos preparados para dar adeus a Bento XVI

Adeus e obrigado.

Nós católicos já nos preparamos para dar adeus ao papa emérito Bento XIV. Depois de oito anos guiando com sabedoria e firmeza 1,2 bilhão de cristãos católicos em todo o mundo, Joseph Ratzinger demonstra sinais de cansaço e como ele mesmo disse, renúncia para o bem da Igreja. Um acontecimento quase inédito na história e nunca visto nos últimos seiscentos anos. Quando a notícia chegou, em pleno carnaval brasileiro, surgiram vários sentimentos: incompreensão, medo, dúvida e tristeza, ninguém sabia exatamente o significado de um papa renunciar.

Os dias foram passando, as explicações e especulações foram surgindo. A mídia, como muitas vezes sensacionalista, passou a anunciar “O fim da Igreja Católica”, “O papa deixa seu cargo, pois não aguentou os escândalos no Vaticano”. Porém, nós católicos, cientes de que o catolicismo passa por problemas, fomos nos encontrando no meio de tantas informações, e começamos a enxergar o verdadeiro sentido da renúncia de Bento XIV. A decisão de renunciar foi o maior ato de coragem que o Santo Padre tomou em sua vida, não foi algo do dia para noite, mas, sem dúvida, o papa tomou essa decisão em plena comunhão com o Espírito Santo de Deus e só conseguiu fazer isso porque é um homem de fé. Para muitos de nós, renunciar é sinal de fraqueza e incapacidade, porém Joseph Ratzinger nos ensina ao contrário “num mundo onde a regra de ouro é ter a renúncia se torna a mais bela expressão da liberdade de ser” (Padre Adriano Roberto).

E depois de entendermos a decisão do Papa, ficamos mobilizados; brotou em nós um grande sentimento de gratidão pelo serviço do Santo Padre à Santa Igreja, “santa não por serem santos todos os seus membros, mas porque Deus é Santo e age nela” (Youcat). O mundo católico entrou em comunhão através da oração de tal modo que o próprio papa disse sentir quase fisicamente as orações que passou a receber. Missas, encontros, movimentos e pastorais, grupos de orações e redes sociais; tudo passou a transmitir o imenso amor que o povo de Deus sente pelo Vigário de Cristo. Vale ressaltar a juventude, no ano da Jornada Mundial de Juventude, jovens de diferentes culturas e povos mostraram para o mundo pessimista e muitas vezes contra os valores cristãos, o amor que sentem pelo Pontífice. A Igreja Católica, através dessas ações de amor e solidariedade ao papa, mostra que é firme, verdadeira e unidade, e que consegue enfrentar as tempestades durante o caminho, pois está alicerçada no Amor de Cristo.

“Vivamos como verdadeiros adoradores de Deus” (Papa Bento XIV), rezando pelo Sumo Pontífice que sai do papado, mas continuará unido a todos por meio da oração, e também rezamos ansiosamente pelo novo Bispo de Roma que virá; independente da nacionalidade, progressista ou conservador, estamos dispostos a caminhar junto com o novo papa ao encontro Daquele que é a origem e o verdadeiro sentido de nossa fé: Jesus Cristo.

Por Jefferson Batista
Estudante de jornalismo da PUC-Campinas

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