Diocese de Campos promove visita a igrejas históricas a peregrinos da JMJ

Diocese de Campos promove visita a igrejas históricas a peregrinos da JMJ

Peregrinos conhecerão o Caminho de Santo Amaro, e visitarão igrejas históricas saindo da Catedral Basílica Menor do Santíssimo Salvador, no centro da cidade.

Os peregrinos de vários países que passarão por Campos dos Goytacazes/RJ nos dias 15 a 21 de julho para participar da Semana Missionária, terão oportunidade de vistar diversas igrejas históricas desde o centro da cidade ate o distrito de Santo Amaro onde esta localizada a Igreja de Santo Amaro onde acontece no dia 15 de janeiro uma festa tradicional que reúne fieis de todo pais. A festa tem tradições como a caminhada dos devotos na madrugada do dia dedicado ao santo de origem italiana. O projeto é de ser a igreja elevada a santuário ainda este ano, conforme anunciou o Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco.

A visita guiada inicia no centro onde estão localizadas a Catedral e as Igrejas Nossa Senhora do Carmo e São Francisco, e partindo para a região da baixada as visitas serão iniciadas em Donana, na Igreja Nossa Senhora do Rosário, logo em seguida a de São Gonçalo e Solar do Colégio dos Jesuítas. O caminho segue com as Igrejas de Nossa Senhora do Rosário de Campo Limpo, Mosteiro de São Bento e a Igreja de Santo Amaro. Os peregrinos poderão conhecer um pouco da história de cada igreja, alem de visitarem as comunidades com suas histórias.

O projeto tem como objetivo a criação de um programa permanente de turismo religioso, já que as visitas estavam ligadas a festa de 15 de janeiro. Todo projeto esta sendo desenvolvido pela Diocese de Campos numa parceria com a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Já estão sendo confeccionadas placas indicativas informando o acesso ao local e sobre o chamado caminho de Santo Amaro. A prefeitura esta confeccionando ainda folders com breve histórico.

Visitas as igrejas no Caminho de Santo Amaro será no dia 17 de julho na tarde histórica apresentando como a fé foi implantada em Campos um trabalho realizado desde 1648 com a chegada dos monges beneditinos a região. Foram os religiosos responsáveis pelas primeiras missas na cidade, já que receberam terras para se fixarem. A igreja de Santo Amaro teve sua primeira edificação no período de 1733- 1736 ainda em taipa, sendo reconstruída de 1739 – 1743 e concluída de 1854- 1857, com uma torre, sendo construída a outra torre já no século XX, quando chegava a Campos Dom Bonifácio Plum, monge alemão que deixou um importante legado cultural sendo responsável pela construção das capelas de Nossa Senhora das Graças em Baixa Grande de Nossa Senhora Stela Maris anexa a residência de verão dos religiosos no Farol, depois demolida.

Uma festa de tradição

A festa de Santo Amaro se tornou uma tradição na cidade de Campos e preserva diversas expressões de piedade popular. Nos dias que antecedem os festejos já começa a chegada dos peregrinos e pagadores de promessa. São devotos de varias partes do Brasil que comparecem para trazer ao altar os ex- votos. As expressões são inúmeras e alem da tradicional caminhada os devotos depositam no altar velas, mechas de cabelo, fotos, objetos de cera, chaves. O espaço destinado a queima de velas muitas vezes não suporta o numero de fieis que levam ao santo seus pedidos.

A festa tem outras tradições que reúnem multidões de devotos como na véspera a procissão e levantamento do mastro, um momento que reúne uma multidão num espetáculo de luz e de beleza. O mastro com a efígie do santo é erguido sob salva de fogos e da banda de musica da comunidade. No dia 15 de janeiro as missas são muito concorridas e lotam a igreja, com forte participação popular. A tarde dois momentos atraem os devotos, a cavalhada, folguedo tradicional de origem lusa reproduzindo as famosas novelas de cavalaria francesa e a procissão.

A igreja guarda ainda duas relíquias: as imagens do santo, sendo a menor em terracota que sai nas procissões e a do altar em madeira policromada do artista escultor beneditino Frei Domingos da Conceição Silva e trazida do mosteiro carioca em 1789. A imagem tem um valor histórico e pode ser vista na igreja campista.

Por Ricardo Gomes

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