Coordenadores de pastoral refletem sobre Missão permanente e Igreja local

Coordenadores de pastoral refletem sobre Missão permanente e Igreja local

Colocar a “Igreja em estado permanente de Missão”. Com esse objetivo teve início na noite desta segunda, 20, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília (DF), mais um curso para coordenadores diocesanos de pastoral.

A iniciativa é da Comissão Episcopal para a Missão Continental em parceria com o Centro Cultural Missionário (CCM). O objetivo é subsidiar os coordenadores diocesanos de pastoral com elementos que ajudem as Igrejas locais a realizarem a primeira urgência das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB (DGAE 2011 – 2015), colocar a “Igreja em estado permanente de missão”, respondendo ao apelo da Conferência de Aparecida.

Como primeiro tema de estudo, na manhã desta terça, 21, dom Esmeraldo Barreto de Farias, arcebispo de Porto Velho (RO) refletiu sobre os desafios e dificuldades que as dioceses enfrentam no trabalho de coordenação pastoral. Em sua exposição, o bispo partiu da pessoa e da missão do coordenador de pastoral. Para recordar o significado de coordenar, recorreu ao dicionário Aurélio. “Dispor segundo certa ordem e método: organizar, dirigir dando orientações, ligar e interligar, coordenar teoria com a prática coerentemente”. Tudo isso, “diz respeito à pastoral orgânica e de conjunto”, afirmou dom Esmeraldo. Segundo ele, para obter êxito no trabalho de coordenar é preciso “clareza sobre a Missão, o Plano de Pastoral com diretrizes, prioridades, projetos e atividades e saber em quais bases foi construído”. Coordenação seria estabelecer “ralação entre elementos que funcionam de modo articulado dentro de uma totalidade ordenada, dar coordenadas, diretrizes”, sublinhou.

Para que um Plano de Pastoral tenha efeito convém envolver todas as forças vivas da diocese, os ministérios e pastorais num trabalho de comunhão. “Um Plano de Pastoral por mais bem preparado e elaborado que seja, por si só não surtirá muito efeito. O objetivo fundamental é o anúncio de Cristo, a formação de missionários e o testemunho dos cristãos, aspectos fundamentais para o projeto de colocar a Igreja em estado permanente de missão”. Daí, a necessidade de uma equipe, com o seu coordenador, trabalhar para que os objetivos sejam realizados, juntamente com as diretrizes, prioridades, projetos e atividades.

Dom Esmeraldo esclareceu que a Missão é a alma de tudo. “Precisamos estimular e conduzir uma ação pastoral para que a diocese faça um caminho missionário. Se o coordenador não tiver um espírito missionário não vai conseguir ajudar as paróquias e comunidades a serem missionárias”.

Os participantes, reunidos em grupos, elencaram desafios e limitações enfrentadas pelos coordenadores de pastoral. O conteúdo serve de base para aprofundar a reflexão. Um dos primeiros desafios apontados é visão de Igreja. Para dom Esmeraldo, isso diz respeito à visão de fé e de como entendemos a mensagem de Jesus Cristo. A pluralidade na pastoral, como trabalhar a unidade na pluralidade, a visão missionária e o reencantamento dos presbíteros diocesanos e religiosos, foram outros desafios destacados pelos grupos.

Na opinião do assessor da Comissão Episcopal para a Missão Continental, padre Sidnei Marco Dornelas, o coordenador de pastoral é uma pessoa chave na missão da Igreja local. Por isso o curso trabalha o tema em três níveis: “a pessoa do coordenador, a diocese como unidade pastoral da missão permanente e a sua capacidade de articulação no plano da Igreja local, porque é nela que se realiza e se orienta toda a ação evangelizadora”, argumenta padre Sidnei.

O encontro em sua primeira edição, conta com a participação de 45 pessoas envolvidas na coordenação pastoral de diversas dioceses do Brasil e se estende até sexta-feira, dia 24. Os organizadores projetam uma segunda edição para o mês de novembro.

Por Jaime C. Patias

Do site da Pontíficia Obras Missionárias – leia matéria aqui.

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