Cidade da Fé marcará o turismo religioso no Brasil

Cidade da Fé marcará o turismo religioso no Brasil

Com mais de 2 mil pessoas, 120 voluntários, 219 tendas e expectativa de 60 mil pessoas diariamente, a Cidade da Fé começou neste sábado (20) com o intuito de mostrar a diversidade religiosa do Brasil aos jovens que participam da Jornada Mundial da Juventude e movimentar o mercado religioso brasileiro. Além dos 70 shows que o evento terá até a próxima sexta-feira (26), o espaço conta com exposições e atrações religiosas dos Estados brasileiros.

Na ExpoCatólica e na ExpoVocacional, são 200 tendas e mais de 800 pessoas envolvidas. Na loja da Canção Nova, Márcio Pereira, da equipe comercial, ressalta importância de fazer parte do projeto. “Sempre participamos da exposição, mas normalmente, ela é voltada para o atacado. Agora, temos a oportunidade de vivenciar um momento único, inédito e atender o varejo. Quem vier aqui terá muitas opções de compras, temos mais de 50 mil produtos expostos”, conta. Na tenda, haverá sessões de autógrafo diariamente. Hoje, foi o dia do padre Fábio de Melo atender aos fãs com o lançamento do seu DVD “Queremos Deus”. Dunga, Sandro Arquejada, Amor e Adoração são alguns dos artistas confirmados para a semana no estande.

Com o foco voltado para a vocação, a tenda da Toca de Assis quer aproveitar o espaço para evangelizar, estar em contato com os peregrinos e viver, ao lado dos jovens, o Evangelho. “Esta é uma oportunidade única: expor para o Brasil e para o mundo. Não queremos focar nas vendas, mas no trabalho da nossa missão. No contato com os jovens vamos falar do nosso trabalho, da nossa história, rezar com eles e trazer pedidos de orações”, conta o irmão Mateus da Pobreza, coordenador do local destinado à comunidade na Cidade da Fé. Todos os dias, o terço será rezado às 18h e quem visitar o lugar encontrará camisetas, artesanatos e artigos religiosos para comprar.

Para o estudante Rodrigo Correa, a feira demonstra o clima da Jornada. “Estou tendo a oportunidade de aprender mais sobre as comunidades e movimentos da Igreja”, destacou.

Incentivo ao turismo religioso
Para mostrar a riqueza religiosa que há no Brasil, o Ministério do Turismo é um dos principais incentivadores da Cidade da Fé e investiu R$ 1,4 milhão no evento. De acordo com o secretário nacional em exercício de Políticas do Turismo, Sandro Ricardo Fernandes, o governo começou a olhar a religiosidade como atração turística há apenas dois anos. “Viemos ao Rio de Janeiro para divulgar o turismo religioso e apoiar cada um dos 19 estandes que há no pavilhão voltado para o tema. Tudo é muito recente, e a Jornada vem para marcar uma nova época no Brasil. Criamos uma câmara temática no Ministério e passamos a catalogar os destinos turísticos religiosos do Brasil”, conta.

Dentro desta consolidação, locais como Aparecida do Norte (SP), Nova Trento (SC), São Miguel das Missões (RS), Tiradentes (GO), Nazaré (PA) e Nova Jerusalém (PE),  já estão destinados a receber recursos e incentivos do governo, pois contam com infraestrutura como hotéis e gastronomia.  A partir de agora, o Ministério do Turismo espera que outras cidades também se movimentem. “Este será o maior legado da JMJ. Só o fato do evento movimentar R$ 1 bilhão vai despertar isso nos governantes, que precisam se conscientizar quanto à riqueza religiosa brasileira”, explica o secretário.

Ainda de acordo com ele, a parceria da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e do Ministério do Turismo beneficiará todos os destinos religiosos a médio prazo, não só católicos. Ano passado, por exemplo, o Brasil recebeu 20 mil turistas estrangeiros interessados em religiosidade. Na jornada, a expectativa é de 800 mil. “Nosso país deixa de ser apenas atração quanto às belezas naturais, futebol e samba e passa a ser referência também na religião”.

A estudante Luciana Pompeu aproveitou a feira para conhecer mais o Brasil. “Eu estou achando muito lindo. Aqui estão divulgando muito bem o país e cada exposição está mais bonita que a outra. Isso tudo nos ajuda a entrar no clima da Jornada, ver esta riqueza que é a nossa fé e Igreja”, disse.

Por Amandda Souza

 

 

 

 

 

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